Pelos próximos três anos, a UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) receberá visitas periódicas do vencedor do prêmio Nobel de Química de 2002, o suíço Kurt Wüthrich, 73, especialista em biologia estrutural.
Ele atuará como pesquisador visitante do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia de Biologia Estrutural e Bioimagem e do Programa de Pós-Graduação em Química Biológica da universidade, orientando um aluno de doutorado e uma de pós-doutorado. Também ministrará palestras e cursos abertos aos demais estudantes.
A parceria faz parte do programa Ciência sem Fronteiras, do MCTI (Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação) e do MEC (Ministério de Educação).
Criado para promover o intercâmbio entre cientistas do Brasil e do mundo, o programa tem como um de seus pilares a concessão de bolsas para pesquisadores de renome que atuem no exterior e se interessem em firmar parcerias com instituições brasileiras.
As bolsas são concedidas em áreas consideradas prioritárias pelo governo, como engenharia, petróleo, energias renováveis e biologia.
No caso dos alunos que serão orientados por Wüthrich, o foco das pesquisas são as falhas que podem ocorrer na síntese de proteínas nos ribossomos das células, relacionadas a diversas doenças degenerativas.
Segundo a assessoria de imprensa do MCTI, o suíço é o único laureado com um Nobel dentre os 128 selecionados na primeira etapa do Ciência sem Fronteiras.
“Vai ser importante ter aqui alguém que ganhou um Nobel por trabalhos realizados desde a década de 80. Ele vai trazer toda a experiência acumulada sobre como planejar e executar uma pesquisa”, diz o coordenador do Instituto de Biologia Estrutural e Bioimagem da UFRJ, Jerson Lima da Silva.
A previsão é que o suíço passe até dois meses por ano no Rio. Ele receberá as passagens aéreas e uma bolsa de R$ 28 mil por ano, além de R$ 50 mil anuais para gastos com insumos para pesquisa.
Fonte: Folha de São Paulo